quarta-feira, 24 de março de 2010

O "SEGREDO" PARA PASSAR NO VESTIBULAR


Se existe alguém que entende de vestibular é o paulista no Vinícius Cifú Lopes, 18. Encarou a Fuvest aos 13 anos, na 7ª série, e passou na primeira fase. A partir da 8ª, foi aprovado todos os anos como treineiro. Agora ele conquista o primeiro lugar na Fuvest.

O segredo, diz, é o básico: "prestar atenção nas aulas".

Folha - O que você acha que foi determinante para conseguir essa façanha no vestibular?
Vinícius - Eu nunca fui de conversar em aula. E isso é importante, porque ou você ouve o professor ou ouve seu amigo.

Folha - Isso porque você acha legal o que o professor está falando ali na frente? Ou é por respeito ou hábito?
Vinícius - Hábito e respeito também. E eu nunca deixei acumular as coisas. Tem gente que deixa tudo pra última hora. Pra que economia de esforço? Então, vai fazendo à medida que vem a lição, à medida que vêm as aulas, vai fazendo...

Folha - Nunca deixar para amanhã o que dá para fazer hoje...
Vinícius - Porque amanhã pode acontecer alguma outra coisa e não dar tempo.

Folha - Você desenvolveu algum método de estudo para o vestibular?
Vinícius - Não, porque encarei o colegial me preparando para a vida.

Folha - Como assim?
Vinícius - Por exemplo, eu aprendi biologia pra não ser enganado por nenhum médico. Porque você está num colégio aprendendo tudo aquilo pra uma finalidade. E a finalidade do ensino nunca foi o vestibular. Eu só estudava isso para a vida, para não ser um ignorante. E aí o vestibular veio como consequência.

Folha - Mas aí você foi o primeiro do Enem também?
Vinícius - Fui o primeiro do Enem. Nem foi fácil, estava doente no dia. Tinha dor de cabeça, gripe, tive que pegar táxi, almocei muito cedo para chegar na hora. Comecei a prova e pensei "não vai dar pé porque aqui estou com metade da minha capacidade".

Folha - Tudo o que você faz é assim, sempre com muita consciência, ou é só com os estudos?
Vinícius - Com tudo, não gosto de perder o controle sobre o que eu faço.

Folha - E dá pra ter controle de tudo? Nas relações pessoais, nas amizades...?
Vinícius - Dá. A gente tem que ficar atento se a pessoa é uma amiga de verdade ou se também não vale nada, está só te sugando.

Folha - Você lê muito?
Vinícius - Nestes anos de provas, a única coisa que eu li, fora os livros da Fuvest, foi jornal.

Folha - E TV, você assiste?
Vinícius - Só os noticiários. Assisto o do Bóris Casoy e o "Jornal Nacional" porque os dois separados são duas coisas horríveis. Então, é preciso juntar os dois para conseguir algo útil. Porque um faz muito comentário infantil, o outro só mostra baboseira, o que não interessa.

Folha - Qual é o comentário infantil?
Vinícius - O do Boris. "Isso é uma vergonha." Fica toda hora falando que é uma vergonha. Mas sugere alguma coisa? Não sugere nada. E o "Jornal Nacional" mostra o cara que está lá dentro do sertão costurando piaçava. Eu estou querendo saber disso? Então tenho que assistir os dois pra ter uma idéia.

Folha - Como você acha que a maioria dos estudantes de classe média encara o ensino, o conhecimento?
Vinícius - Com repúdio. A grande maioria dos meus colegas pensa: "Ah, estudar não serve pra nada, amanhã tem festa, depois de amanhã tem festa e tem a Copa também". Eu era de uma classe de 60 alunos, 40 eram assim.

Folha - E você acha que isso é consequência da baixa qualidade do ensino básico, que não soube conquistar esses estudantes?
Vinícius - Não, a culpa mesmo é dos pais, porque não ensinaram o cara durante o ensino fundamental a prestar atenção. Aí, chega ao ensino médio e o pai está desesperado, mandando o filho prestar atenção na aula. Vai adiantar? Ele não sabe como fazer isso.

Folha - E com você, como foi?
Vinícius - Os meus pais me orientaram bem, eu tomei o hábito e pronto.

Folha - E namorada?
Vinícius - Não apareceu.

Folha - Você curte música?
Vinícius - Não, não curto música. Eu gosto de silêncio.

Folha - Nem música brasileira?
Vinícius - Menos ainda. Música brasileira sempre foi nacionalista, contextual. Muita gente acha que eu gosto de música clássica, mas eu não gosto.

Folha - Você segue alguma religião?
Vinícius - Não.

Folha- Tudo o que não é explicado matematicamente você não acredita?
Vinícius - Não. Mesmo porque tem um monte de fenômenos que o povo faz um grande auê em cima. O negócio da morte, viajar pela morte e tal, é tudo explicável cientificamente. E não que eu siga a ciência como uma filosofia, uma religião. Eu não acredito em anjo, em duende, em superstição. Acredito que, às vezes, o medo comum ou a vontade comum tem influência, mas é disposição psicológica.

Folha - Já conheceu os veteranos da faculdade?
Vinícius - Conheci. Foi tudo bem. Lá na matemática não tem piscina, então, não tem massa d'água pra se afogar. Não tem árvores pra pendurar corda. E também estava cheio de pais por lá.

(por Bell Kranz Editora do Folhateen – Folha de São Paulo de 14/2/2000)

segunda-feira, 22 de março de 2010

SAIBA COMO SURGIU O VESTIBULAR


Símbolo das dificuldades dos estudantes na entrada da fase adulta, o exame vestibular existe há 90 anos e continua atual.

Parte tão presente da vida de quem sonha ingressar na faculdade, o vestibular, como se conhece hoje, tem uma história curta. Única porta de entrada do ensino superior no Brasil, o exame de admissão tornou-se obrigatório por lei em 1911. O nome vestibular, aplicado à prova, vem de vestíbulo ou ante-sala, segundo decreto de 1915. Na época, as escolas realizavam seus testes em duas etapas. A primeira era escrita e dissertativa, a segunda, oral. Se as vagas oferecidas não fossem preenchidas, havia nova convocação. Esse formato foi usado até meados dos anos 60 do século passado, quando surgiram as questões de múltipla escolha. Processados em computadores, os testes facilitaram a correção, cada vez mais complexa pelo volume crescente de candidatos. A novidade começou no curso de Medicina da Universidade de São Paulo, a USP.
O que apareceu para facilitar trouxe um complicador. O critério de nota mínima liberava aprovados acima do limite de vagas, destinadas aos primeiros colocados. O restante aguardava expansão de oferta. Esses candidatos excedentes organizaram um movimento nacional que o governo resolveu com a Lei no 5540, de 1968. Foi instituído o sistema classificatório, com corte por notas máximas.
Para solucionar o problema da demanda, concentrada na rede pública, o Ministério da Educação permitiu a abertura de numerosas escolas privadas. Hoje são cerca de 900 unidades de ensino superior particulares. Agora, o sistema de ingresso pode voltar a mudar. A Lei de Diretrizes e Bases de 1996 permite que cada escola opte por critérios próprios. A tendência é valorizar a prova dissertativa. Depois da virada do milênio, com quase 3 milhões de inscritos ao ano, o vestibular recupera traços do modelo do início do século.

CRITÉRIOS BÁSICOS:

Todos os estudantes têm o mesmo direito:
- igualdade;
- a base de avaliação dos candidatos é o conhecimento adquirido no Ensino Médio;
- transparência no processo seletivo;
- tem de existir a possibilidade de correção caso haja falhas no sistema de avaliação;
- qualidade e seriedade na elaboração da prova;
- o processo seletivo deve ser reconhecido por inscritos, professores e instituições.

FUTURO DIFERENTE

As opções de processos seletivos diferentes do vestibular:

1) Avaliação pelo histórico escolar do Ensino Médio.

Ex.: Universidade Católica de Pelotas (RS).

2) Sistema misto, com a pontuação do vestibular somada ao desempenho no nível médio.

Ex.: Universidade São Francisco (SP).

3) Provas anuais durante o ensino médio, com média ponderada.

Ex.: UnB.

4) Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Limitado a instituições cadastradas, que reserva uma porcentagem algumas vagas.

A HISTÓRIA DO VESTIBULAR

O acesso aos cursos superiores com o passar dos tempos:

1808 - São instituídos os exames preparatórios para os cursos superiores existentes no Brasil, mas o ingresso torna-se privilégio de colégios de elite a partir de 1837.

1911 - Lei obriga a fazer o exame de admissão, definindo critérios das provas, existência de bancas, calendário e taxas de inscrição.

1915 - De acordo com o Decreto no 11530, as provas passam a chamar-se vestibulares.

1964 - É criada a Fundação Carlos Chagas, para seleção dos candidatos a vestibulares, em São Paulo. Os exames ganham questões de múltipla escolha, processadas em computador.

1968 - Chega ao auge o movimento de excedentes, candidatos aprovados com média mínima, mas sem vagas. Ele é estancado pela Lei no 5540, que substitui o critério de habilitação pelo de classificação.

1970 - Criada a Comissão Nacional do Vestibular Unificado, para organizar o sistema no país. Seis anos depois, a USP unifica seu vestibular com a criação da Fuvest, que realiza sua primeira prova em 1977, avaliando também candidatos das duas outras universidades estaduais, a Unicamp e a Unesp. Na década seguinte, ambas decidem realizar exames separados.

1994 - A Fuvest altera suas provas, ampliando a fase de Conhecimentos Gerais. A primeira é eliminatória.

1996 - Aprovada a nova Lei de Diretrizes e Bases. Nela consta que o ingresso no ensino superior pode ser feito via processo seletivo a critério de cada escola.
Fonte: Fovest Online.

sexta-feira, 19 de março de 2010

UM NOVO BLOG PARA O MELHOR COLÉGIO!


Completando mais de um ano de sua existência, o colégio CEP promove uma reformulação de seu blog, tornando-o mais ativo e presente no cotidiano de nossos alunos.
A partir de agora, semanalmente, teremos estampados, aqui, os principais acontecimentos e atividades do nosso colégio. Você, aluno, contará com um espaço especialmente dedicado à expressão de seus interesses, gostos, ideias, cotidiano e conquistas. Não é o máximo?
É o CEP entrando com categoria no universo da comunicação digital. Do jeitinho que deve ser: falando a SUA LINGUAGEM!
Aguardem novidades!
A gente se vê por aqui.

quinta-feira, 18 de março de 2010

MANHÃ CULTURAL NO CEP


O Colégio CEP, preocupado com a formação cultural de seus alunos, proporcionou-lhes uma manhã recheada de conhecimento, informação e entretenimento com a apresentação da peça “Iracema”, de José de Alencar (obra de literatura do vestibular 2011), encenada pelo grupo de teatro do ator Jefferson Brito, seguida da apresentação de um show de física, em que os alunos puderam participar da execução de interessantíssimos experimentos envolvendo conhecimentos da matéria.

Uma manhã lúdica, prazerosa, com a cara do nosso colégio: sempre unindo conteúdo da melhor qualidade com entretenimento sadio para nossos alunos.

VALE LEMBRAR:

Iracema é, por assim dizer, uma “lenda” criada por José de Alencar para explicar poeticamente as origens de sua terra natal.
A 'virgem dos lábios de mel' tornou-se, assim, símbolo do Ceará e o filho, Moacir, nascido de seus amores com o colonizador branco Martim, representa o primeiro cearense, fruto da integração das duas raças: o branco colonizador e os índios nativos.

SINOPSE: Iracema, a virgem tabajara consagrada a Tupã, apaixona-se por Martim, guerreiro branco, inimigo dos tabajaras. Por esse amor, a índia abandona sua tribo, tornando-se esposa do inimigo de seu povo. Quando mais tarde percebe que Martim sente saudades de sua terra e, talvez, de alguma mulher que por lá tenha deixado, começa a sofrer. Nasce-lhe o filho, Moacir, enquanto Martim está lutando em outras regiões. Ao voltar, ele encontra a jovem Iracema prestes a morrer. Parte, então, com o filho, para outras terras.
Destaca-se, nesta obra, a linguagem bem elaborada de Alencar. O estilo é artisticamente simples, procurando recriar a poesia natural da fala indígena, plena de comparações e personificações, o que dá ao livro as características de um verdadeiro poema.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

CLICK CEP


Nossos alunos reunidos no pátio das esculturas.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

ATLETISMO NO CEP


Parabéns aos nossos alunos medalhistas!

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

FUTEBOL


Parabéns aos nossos jogadores!